Resumo –
A presente dissertação aborda a alteração e transformação da cultura política contemporânea no âmbito da cibercultura e na conceptualização de uma teoria política, da comunicação e das relações internacionais, baseada na troca de poderes direccionada para a globalização.
Palavras – chave: Globalização, cibercultura, Internet e cultura política electrónica.
Índice:
Introdução
Parte I: Emergência da Nova Cultura Electrónica
1. Globalização e novas tecnologias
2. Internet: rumos massificadores
3. Política, comunicação social e telemática
Parte II: Ciberespaço, Agentes Sociais e Políticas Virtuais
1. Cibercultura e tecnocultura
2. Mutação linguística
3. A ágora virtual: ciberdemocracia (representativa, participativa e directa)
4. Cidadania global electrónica
Parte III: Novas formas de cibercultura
1. Blogosfera
2. Espaços informacionais
3. Correio electrónico
4. Petições, campanhas e manifestos
Conclusão
Introdução:
·        A Internet, enquanto espaço democrático e de comunicação global;
·        O ciberespaço, enquanto espaço de concretização da democracia directa e da democracia participativa;
·        A telemática no seu domínio político – cultural e da cibercultura na utilização por comunidades altamente técnicas e dotadas de poder sociopolítico e a cibernética e suas repercussões no processo democrático;
·        O Papel das universidades no planeamento político;
·        Ligações da cibercultura com uma teoria unificadora da humanidade e da possível junção da neurofisiologia com a cibercultura política;
·        Jung e os seus símbolos, que libertam a humanidade no desejo de crescimento através de um sistema de comunicação;
·        Cosmopolitismo, Habermas, Fórum Social Mundial e globalização.
·         Realidade virtual e minorias;
·        O mito da Internet;
·        Comunicação social, sociedade de massas e manipulação política;
·        Teoria das conexões em rede;
·        Revolução cultural global;
Parte I – Emergência da nova cultura electrónica:
·        Beniger e a crise de controlo;
·         A revolução industrial e a indústria da cultura;
·        A teoria da dominação;
·        Emergência da contracultura;
·        A cibercidadania.
1)    Globalização e novas tecnologias –
·        Globalização como integralismo holístico
·        Aldeia global de Macluhan;
·        Ilya Prigogine associa o global com a biossociosfera, que religa os sistemas em todos os domínios da observação: físico, químico, biológico, ecológico e humano, sendo o biopsicossocial a realidade do organismo de cada ser;
·        As Interconexões;
·        A cibernética e o processamento da informação;
·        A sociedade civil as extra-territorialidades;
·        O Clube de Roma, (1º sintoma da revolução cultural global).
·        O FSM (Fundo Social Mundial) fundamentando-se na construção de uma Nova Ordem Mundial;
·        Globalismo é estratégia, ao estilo de Hobbes.
·        Efeito das TIC nas relações internacionais:
- Da à Perestroika e à glasnost;
- Ajuda ao 3º mundo;
- Tradução automática;
- Maior flutuação do sistema financeiro mundial;
- Reforço das grandes multinacionais;
- Aumento do poder dos ricos sobre os pobres;
- Maior esforço para a paz no planeta;
- Crescimento e rapidez nas acções globais;
- Proliferação dos poderes dos Estados-nação;
- Maior possibilidade de um falso alerta nuclear;
- Afastamento progressivo entre nações ricas e nações pobres;
- Falta de autonomia cultural do 3º mundo.
·        Altermundialismo e suas características internacionalistas e utópicas, que nasce em Seattle (em 1999), protestando-se contra:
- A OMC (Organização Mundial do Comércio);
- O FMI (Fundo Monetário Internacional);
- Os G8;
 - As guerras imperialistas e as políticas neo-liberais e dos grandes monopólios.
    - Alguns exemplos de redes mundiais altermundialistas:
    - Marcha mundial das mulheres;
    - Focus on global;
    - Via campesina;
    - Comité para a abolição da dívida do 3º mundo.
·        A tese de Bzezinsky (diplomacia das redes), que adverte para um novo “ governo mundial” das relações internacionais, que orienta todos o esforços para uma difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos.
·        A sociedade de conhecimento da época contemporânea global e suas características:
- Desterritorialização;
- Não confessional;
- Não estatal;
- Transnacionalidade das culturas;
- Transnacionalidade linguística.
·        Emergência dos movimentos e símbolos dos anos sessenta.
·        O Movimento de Software Livre, fundado em 1985 por Richard Stallman, que defende a informação livre, a imaginação virtual, a partilha e solidariedade de conhecimento e o sistema operacional livre que tivesse a lógica do sistema unix.
·        Cohen e Rai (2000) identificaram alguns movimentos sociais que adoptaram alguma forma de coordenação e acção e que dependem da internet: feministas, ecologistas, sindicalistas, religiosos e pacifistas.
2) Internet: rumos massificadores:
·        A Fundação Nacional para a Ciência;
·        A Internet é um mito universal da humanidade?;
·        As comunidades virtuais (termo de Howard Rheingol);
·        A Internet enquanto espaço de difusão de cultura de massas;
·        O Electronic Privacy Information ;
·        Totalitarismo electrónico: Cuba, Coreia do Norte, Síria, China, Iraque, Birmânia, Arábia Saudita e Irão.
·        A internet enquanto espaço de controlo pela ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers),
·        A exigência da criação de uma nova autoridade internacional, abrigada no seio da ONU;
·        O cibernantropo.
3)    Política, comunicação social e telemática:
·        Habermas e o poder;
·        Foucault e os efeitos globais de dominação;
·        Max Weber e o poder associado ao controlo e à revolução do controlo;
·        Para Engels o poder pertence à classe dominante, visto esta possuírem a informação e o conhecimento. O poder é o Estado-espectáculo, é o Estado-ecrã;
·        A comunicação, nomeadamente de massas produz e difunde signos e símbolos (semiologia);
·        A medialogia criou a cultura de massas, que procura novas identidades apátridas;
·        Os cientistas e os técnicos, domínio das sociedades. Serão os assessores das máquinas, modelando a aldeia planetária e a comunicação humana;
·        A comunicação escrita enquanto forma de desenvolvimento do intelecto consciente da humanidade;
·        Para Shannnon e Weaver, o fenómeno comunicacional envolve todos os procedimentos pelos quais uma mente pode afectar outra e as formas (incluindo políticas) como a sociedade mantém o controlo nas relações sociais e internacionais;
·        A comunicação de massas e sua  eficácia em domínios como a propaganda política, publicidade instrumental e educação.
·         A comunicação política (através dos órgãos de comunicação social), visando atingir as massas e públicos, realidades facilmente manipuláveis por parte dos centros de poder político e económico.
·        A medialogia (os canais, meios que valorizam funções sociais e políticas) que, de acordo com Regis Debray, interage técnica e cultura, ligando os media aos seres humano;
·        A telemédia;
·        A fotografia
·        O cinema;
·        A radiodifusão;
·        A televisão;
·        A comunicação política, que envolve símbolos, valores e representações que organizam a cidadania nas democracias das comunidades internacionais, através da comunicação social, das sondagens de opinião, do marketing político, da publicidade, da retórica política, com destaque para os para os períodos eleitorais.
·        A teoria das conexões em rede, fundada pela net, sendo uma manifestação da representação, da imaginação, que diz respeito à criação artística política, à política enquanto arte da comunicação das palavras, dos símbolos dos signos, dos sons e das imagens;
·        A Internet e a informática que permitiram uma séria crítica ao sucesso do modelo democrático representativo, com a emergência alternativa de renovação do activismo político, da democracia participativa e da consulta política on-line;
·        A telemática, que nas sociedades contemporâneas, fez desaparecer as diferenças ente espaços virtuais comuns, público e político e também entre nação, identidade e desterritório;
·         Emergência de uma nova ágora informacional;
·        O soft power;
·        A NSA (National Security Agency), enquanto agência que analisa e vigia os fluxos de informação;
·        A netwar;
·        A Cyberwar (guerra do conhecimento) de Teilhard de Chardin;
·        A Electronic Frontier Foudation e a carta dos pioneiros da WELL (Whole Earth Electronic) pelo ciberespaço;
·        O manifesto “The cyberespace and the american dream: a magna carta for the knowledge age”(distribuido pelo Progress and Freedom Foudation,), reivindicando-se a desmassificação, despersonalização do consumidor, a individualização e a liberdade no ciberespaço;
·        Empowerment significa uma nova forma de fazer política baseada no uso da internet, na sua comunicação, nos seus canais e nas suas redes, nos seus laços, nas suas comunidades e suas entidades;
·        A hiper-realidade política;
·        O “ príncipe electrónico”;
·        A democracia antecipativa, representada pelo Instituto Tavistock (das relações humanas).
Parte II – Ciberespaço, agentes sociais e políticas virtuais:
·        Os agentes sociais enquanto utilizadores da memória social (rede de ideias, constituída por imagens, palavras, sons e narrativas), manipulam o poder cultural, de modo a atingir o aparelho de Estado, orientado a luta política na inovação cultural;
·        Emergência no ciberespaço de comunidades virtuais, que estão muito próximas dos movimentos contraculturais e modos de vida alternativos surgidos depois da década de sessenta;
·        A panóptica, ou seja, uma técnica de dominação correspondente a formas de produção de conhecimento descentralizado e horizontal, tornada possível pelas novas formas possibilidades da comunicação e organização em rede da informação, da proliferação dos recursos de vigilância;
·        Com Murray, o ser humano transforma-se numa unidade biopolítica que precisa de ser regulada;
·        Politicas virtuais, enquanto políticas sociais que actuam virtualmente como redes de solidariedade;
1)    Cibercultura e tecnocultura:
·        Cultura, enquanto sistema de comunicação social, é um produto de poderes criativos e imaginativos dos seres humanos, do mundo da educação, da nutrição do espírito;
·        O ciberespaço é transnacional, pela abolição do espaço e pela criação das “personas”, ou seja, pela criação de identidades construídas pelos seres humanos na utopia do não – espaço, mágico, imaginário e não-físico da manipulação mental;
·        A cibercultura é uma cultura global, transnacional, desterritorrial, de difusão do espírito cosmopolita, multicultural. Nasce da fragmentação das identidades culturais, narrativas introduzidas pelos, nomeadamente movimentos feministas, sexuais, étnicos e raciais que funcionam genericamente como forças contra-hegemónicas.
·        A tecnotrónica, moldou as mentes de gerações a vários níveis: psicológico, cultural, social, através da utilização generalizada da informação, criando novos processos políticos globais;
·        A cybernétique designa o estudo dos meios de governação e, de acordo com Norbert Wiener, a mesma significa o estudo dos processos de controlo e de comunicação entre os seres vivos e as máquinas.
·        O cyborg, propõe o rompimento com o marxismo, o feminismo radical e os movimentos sociais que fracassaram ao operar com categorias como classe, raça e género;
·        O ciberpolícia (Otman, 1998), representa o policiamento informático, ao lutar contra todas as formas de criminalidade no ciberespaço;
·        Do cibernantropo ao ciberpunk, que dá voz à figura do pirata informático, semelhante ao hacker;
·        Eric Raymond, ícone da cultura hacker, defende o desenvolvimento do software livre e o carácter aberto do código-fonte unix;
·        O Galactic Hacker Party (partido tecnoactivista político hacker), académicos e ONG, enquanto principais agentes da cibercultura política;
·        John Perry Barlow e Mitch Kapor fundam a Electronic Frontier Foudation, que luta contra o controlo governamental da internet;
·        O hacker e o ciberpunk dão origem a uma nova cultura simbólica anacronicamente global e local, subvertendo os modelos clássicos de e convencionais de género, classe, sexualidade, orientados para o nacionalismo;
·        Com Adano e Horkheimer (2000), a tecnologia electromagnética transferiu a consciência humana global para o ciberespaço das redes percorrendo a mente universal um feixe de luz electromagnética onde a humanidade se une, se individualiza e se descobre;
·        As políticas virtuais incluem: o direito de reunião, o direito de petição, a liberdade como direito político de viver e a restauração ou renovação política.
2)    Mutação linguística:
·        De acordo com Fernão de Oliveira, qualquer linguagem ao criar imaginariamente uma realidade gera um significante comunitário de afectos, susceptível de tradução política se houver engenho e arte.
·        A língua como ligação entre esfera pública e privada;
·        A semiose, ciência criada por Langer, entende que o cérebro forma um mundo virtual de interacções entre células nervosas mediadas por neurotransmissores ou energia eléctrica. Toda a interacção é mediada, não importa a sua natureza. Neste sentido, todo o cérebro humano é susceptível de manipulação e controle.
·        A questão da Internet, enquanto questão cultural e política, que abarca um projecto hegemónico pelos EUA, cujo controle e manipulação tem por finalidade obter o domínio mundial por meio da indústria de satélites e de informação baseado em interesses corporativos e capitalistas.
·        A linguagem de carácter política é utilizada, através dos media, pelos governos, grandes empresas e interesses sociais na manipulação electrónica das massas.
No entanto, as palavras, os sons e as imagens on-line devem dar lugar à imaginação política de cada um de nós.
3)    A ágora virtual: ciberdemocracia (representaiva, participativa e directa) – pontos – chave:
·        Democracia electrónica (Richard Rheingold) engloba:
  -Voto electrónico;
  - Participação e conversas on-line de cariz político e mundial;
   -Reanimação da consciência política;
   -Exercício da cidadania mundial;
   - Melhoramento da qualidade da democracia representativa;
   - Uso da Internet por governos com serviços e interacção com os cidadãos;
   - Associação dos cidadãos com grupos de interesses on-line;
   - Participação dos cidadãos em todos os estágios do processo de decisão, na avaliação das necessidades e na recolha da decisão;
    - Avaliação e correcção de acções;
    - Custos mais baixos;
    - Comunicação deshierarquizada;
    - Maior rapidez das decisões;
   - Ilimitação geográfica;
   - Possibilidade de anonimato;
   - Divulgação dos processos democráticos;
   - Maior importância à democracia participativa;
   - Menor importância à democracia representativa;
   - Disponibilização da informação sobre os candidatos políticos através da net;
   - Reforço da democracia e da literacia;
   - Participação pública através de uma sociedade utópica ideal, de como a democracia é entendida como prática universal de cidadania.
·        Vantagens do voto electrónico: participação política eleitoral dos indiferentes, dos portadores de deficiência e doenças crónicas, das pessoas em viajem, afastadas dos locais de voto, expatriadas e aos migrantes.
·        Exemplos de ciberactivismo político: zapatistas mexicanas, ambientalistas norte-americanas, La NETA (utilizada por grupos feministas), Greepeace e Amnistia Internacional.
·        A democracia virtual é fundamentalmente participativa porque incide mais sobre o 3º sector;
·        Na Democracia directa on-line, os interesses dos cidadãos variam muito de questão para questão.
4)    Cidadania global electrónica:
·        A cidadania mundial é um projecto de sedução on-line;
·        De acordo com um estudo citado pela Mind Share, os cibernautas votam mais, estão melhor informados, sentem mais confiança na democracia do que os cidadãos que não recorrem à internet;
·        Nascem as micronações virtuais;
·        A cibercidadania vem relançar novos conceitos: reforço dos direitos humanos, do direito à paz, à ecologia, ao desvio, bem como o fortalecimento da sociedade civil e os direitos das minorias.
Parte III – A cibercultura: novas formas políticas:
Exemplos concretos de movimentos nascidos na cibercultura:
·        Movimento Democrático Participativo;
·        Fundação para o Software Livre
A Comissão Nacional de Protecção de Dados e Marketing Político, adverte que é ilegal, através de comunicações electrónicas o envio de SMS e e-mail senão existir uma pré-autorização dos destinatários.
Democracia electrónica – algumas experiências:
·        Itália – projecto Lista Participata;
·        Suécia – Demoex (democracia experimental): projecto que permitiu que um grupo de pessoas se reúna e participe de discussões utilizando a net, telefone ou correios para eleger um membro como candidato às eleições regionais.
A posse de Barack Obama, aquando do discurso “ no pico de acessos”, suportou, através da CNN, 1,3 milhões de utilizadores em simultâneo.
A Universidade de Carnegie Melton (em 2003) e a Universidade de Stanford (em 2005), realizaram conferências internacionais sobre deliberação on-line e votaram pela criação de uma sociedade internacional para a mesma.
A interactividade política na net permite:
- Possibilidade de leitura;
- Envio de mensagens;
- Utilização de correio electrónico;
- Participação em grupos de discussão;
- Participação e integração em comunidades virtuais;
- Participação na blogosfera política.
Democracia local e experiências electrónicas de participação cívica:
·        Programa PEN, organizado pela cidade de Stª Mónica, na Califórnia;
·        Experiência “Amesterdão Cidade Virtual”;
·        O protesto de Dezembro de 1999 contra a OMS em Seattle, foi divulgado ma internet e utilizou-se a mesma como forma de expressão.
Em Portugal, foram realizadas 4 experiências de voto electrónico: nas autárquicas de 1997 e de 2004, nas eleições europeias de 2004 e nas eleições legislativas de 2005.
1)    Blogosfera política:
Da blogosfera, emergem novas fontes de poder político nas estruturas mentais de expressão dos pensamentos dos cibernautas, que transmitem novas formas políticas no correcto uso da informação via Internet.
2)    Espaços informacionais:
Principais pontos a destacar:
·        Actualmente existem 500 websites pertencentes a organismos directa ou indirectamente ligados à administração pública em Portugal, de acordo com Mariano Gago (ministro da ciência e tecnologia), que são sujeitos a avaliação extensiva e directa (semestralmente);
·        O site dos A-info (anarquistas internacionais), lutam por uma sociedade livre;
·        Nos chat e fóruns em tempo real discute-se determinado assunto ou determinada política;
·        O Partido Pirata da Suécia (fundado a partir de um site), criou um fórum de discussão sobre as suas propostas e outros partidos piratas organizaram-se a partir dai na Alemanha, França, Espanha, EUA e Reino Unido.
O Partido Pirata da Suécia chegou ao Parlamento Europeu para defender a partilha de ficheiros para fins não comerciais, introduzir software livre nas escolas e nos órgãos de poder para melhorar a segurança social, reforçar o direito público ao acesso à informação e proteger a integridade e privacidade dos cidadãos, defende a revisão de direitos de autor para permitir o intercâmbio livre de bens culturais e o fim das patentes.
Alguns sites a considerar:
- Site da câmara municipal interactiva da América;
- Site ezgov.com;
- Site talktogov;
- Site politics;
- Site politics.com;
_ Site speakout.com (activistas políticos);
- Site penélopes (feministas);
- Site labourstar (sindicalistas);
- Siteda Greenpeace (ecologistas).
Sites para a unificação política mundial:
·        baihai.org;
·        global_governance;
·        milleniumforum.org;
- ourvoices.org;
- Site da carta da terra;
·        Site worldrevolution.org;
No Site do diário da república portuguesa, no “ espaço cidadãos “, são expostos os procedimentos a seguir para a apresentação de uma petição.
3)    Correio electrónico:
·        A Echelon tem capacidade de intercepção de comunicação ao nível planetário;
·        O FBI, possui um programa de vigilância electrónico via internet;
·        A CNPD, lançou os “princípios gerais no marketing político no âmbito das comunicações electrónicas”.
4)      Petições, campanhas e manifestos:
As petições on-line servem como forma de pressão, pois se obtiverem destaque suficiente (pelo nº de peticionários, pela relevância das temáticas e repercussão dos media) podem produzir efeitos no mundo real, para além da esfera cibernética, nomeadamente pressionando governos no sentido de produzirem mudanças legislativas.
Tratando-se de uma petição subscrita por + de 1000 cidadãos é obrigatório a audição de peticionantes.
As petições subscritas por + de 4000 cidadãos, serão agendadas para apreciação em plenário da AR, devendo ser no prazo de 30 dias, após o seu envio pela comissão ao PR.
·        Campanhas eleitorais on-line – Exemplo – noite eleitoral das presidenciais norte-americanas de 2008:
         * Yahoo News: 7.6 milhões de visitantes únicos, 259,244,751 total page views;           * MSNBC (Microsoft National Broadcasting Company): 6.8 milhões de visitantes únicos, 232,076,565 total page views;          * CNN.com: 6.3 milhões de visitantes únicos, 134,573,839 total page views;          * AOL News: 2.5 milhões de visitantes únicos, 45,122,501 total page views;        * FoxNews.com: 1.9 milhões de visitantes únicos, 31,856,733 total page views.
Conclusão:
·        As macrocomunicações (tecnicização das comunicações) fizeram emergir formas institucionais multi e transnacionais. A instrumentalização do controlo social deu origem à sociocibernização (mecanismo de controlo remoto eficiente da manipulação do cérebro).
·        A cultura de massas implica a ampliação da linguagem (que começa com a imprensa e termina com os satélites), uma uniformidade sociocultural e psicossocial e a homogeneização das estruturas mentais e do desejo de identificação social amplamente difundido pela ditadura do consumo.
Uma nova civilização emerge na humanidade trazendo novos conceitos sociais, políticos e psicológicos:
- Revolução do pc;
- Humanidade unidimensional;
- Tecnocracia;
- Sociedade computorizada;
- Mediacracia;
- Democracia antecipativa;
- Nação ligada por rede;
- República da tecnologia;
- Sociedade telemática;
- Sociedade em rede;
- Colapso da nação tradicional;
- Revolução do micro – electrónica ou micro-revolução;
- Estado – computador.
Das críticas sociais às tecnologias de informação e comunicação, emergem 3 teorias:
1ª- Teoria da indústria cultural – e sua reformulação por Habermas -  de acordo  com esta teoria a internet utilizada como meio de vigilância , controle e desinformação, para além de transmissor de informação;
2ª - Teoria panóptica do poder – Michel Foucault – As TIC permitem aos governos e aos interesses privados (empresas) possuírem informação sobre cada um de nós, através da invasão electrónica da vida privada;
3ª - Teoria hiper – realista – Guy Debord ou Jean Braudilhard – defende que as TIC já transformaram aquilo que passa a ser a realidade numa simulação electrónica.
·        As experiências de Hopfield e Tank, no campo da neurofisiologia, estabeleceram um conjunto de sinapses permanentes, de modo que os neurónios comunicassem o estímulo a cada um dos neurónios a “excitar” gerando-se, desse modo, um estado de equilíbrio para a palavra imposta. Uma das palavras imponha aos neurónios excitação.
·        Democracia das máquinas – mito da informação – adopção generalizada que os sistemas de computadores, as comunicações e que a informação produzirão um mundo melhor.
·        A revolução do controlo, resulta do processamento da informação, que depende da organização do mundo material. Todos os seres vivos devem processar matéria e energia para se oporem à entropia (tendência da organização em direcção ao colapso e ao caos). Assim, torna-se necessário o controlo desse processamento da informação.
·        A burocracia, visa controlar uma actividade colectiva ou um meio generalizado de qualquer sistema social.
·        Para Weber e Michelis, a incapacidade dos povos e a inoperância de formas de cidadania activas são atribuídas à burocracia.
·        De acordo com os Repórteres Sem Fronteiras, a censura acontece praticamente em todos os continentes.
·        Michel Foucault defende, através da teoria dos micropoderes, que o Estado é mais vigiado do que vigilante, porque os cibernautas ao tomarem contacto com as novas TIC libertam o desenvolvimento de novas formas de democracia, que se destacam claramente da democracia representativa da era industrial e de poderes descentralizados e não hierárquicos.
·        A cibercultura é a cultura, por excelência, da globalização, da uniformização da economia, dos negócios e dos hábitos do consumo.
terça-feira, 16 de março de 2010
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