terça-feira, 16 de março de 2010

Ciberculturapolítica: Novas Formas Políticas - resumo

Resumo –
A presente dissertação aborda a alteração e transformação da cultura política contemporânea no âmbito da cibercultura e na conceptualização de uma teoria política, da comunicação e das relações internacionais, baseada na troca de poderes direccionada para a globalização.

Palavras – chave: Globalização, cibercultura, Internet e cultura política electrónica.

Índice:

Introdução

Parte I: Emergência da Nova Cultura Electrónica
1. Globalização e novas tecnologias
2. Internet: rumos massificadores
3. Política, comunicação social e telemática

Parte II: Ciberespaço, Agentes Sociais e Políticas Virtuais
1. Cibercultura e tecnocultura
2. Mutação linguística
3. A ágora virtual: ciberdemocracia (representativa, participativa e directa)
4. Cidadania global electrónica

Parte III: Novas formas de cibercultura
1. Blogosfera
2. Espaços informacionais
3. Correio electrónico
4. Petições, campanhas e manifestos

Conclusão


Introdução:
· A Internet, enquanto espaço democrático e de comunicação global;
· O ciberespaço, enquanto espaço de concretização da democracia directa e da democracia participativa;
· A telemática no seu domínio político – cultural e da cibercultura na utilização por comunidades altamente técnicas e dotadas de poder sociopolítico e a cibernética e suas repercussões no processo democrático;
· O Papel das universidades no planeamento político;
· Ligações da cibercultura com uma teoria unificadora da humanidade e da possível junção da neurofisiologia com a cibercultura política;
· Jung e os seus símbolos, que libertam a humanidade no desejo de crescimento através de um sistema de comunicação;
· Cosmopolitismo, Habermas, Fórum Social Mundial e globalização.
· Realidade virtual e minorias;
· O mito da Internet;
· Comunicação social, sociedade de massas e manipulação política;
· Teoria das conexões em rede;
· Revolução cultural global;

Parte I – Emergência da nova cultura electrónica:
· Beniger e a crise de controlo;
· A revolução industrial e a indústria da cultura;
· A teoria da dominação;
· Emergência da contracultura;
· A cibercidadania.

1) Globalização e novas tecnologias –

· Globalização como integralismo holístico
· Aldeia global de Macluhan;
· Ilya Prigogine associa o global com a biossociosfera, que religa os sistemas em todos os domínios da observação: físico, químico, biológico, ecológico e humano, sendo o biopsicossocial a realidade do organismo de cada ser;
· As Interconexões;
· A cibernética e o processamento da informação;
· A sociedade civil as extra-territorialidades;
· O Clube de Roma, (1º sintoma da revolução cultural global).
· O FSM (Fundo Social Mundial) fundamentando-se na construção de uma Nova Ordem Mundial;
· Globalismo é estratégia, ao estilo de Hobbes.
· Efeito das TIC nas relações internacionais:
- Da à Perestroika e à glasnost;
- Ajuda ao 3º mundo;
- Tradução automática;
- Maior flutuação do sistema financeiro mundial;
- Reforço das grandes multinacionais;
- Aumento do poder dos ricos sobre os pobres;
- Maior esforço para a paz no planeta;
- Crescimento e rapidez nas acções globais;
- Proliferação dos poderes dos Estados-nação;
- Maior possibilidade de um falso alerta nuclear;
- Afastamento progressivo entre nações ricas e nações pobres;
- Falta de autonomia cultural do 3º mundo.

· Altermundialismo e suas características internacionalistas e utópicas, que nasce em Seattle (em 1999), protestando-se contra:
- A OMC (Organização Mundial do Comércio);
- O FMI (Fundo Monetário Internacional);
- Os G8;
- As guerras imperialistas e as políticas neo-liberais e dos grandes monopólios.
- Alguns exemplos de redes mundiais altermundialistas:
- Marcha mundial das mulheres;
- Focus on global;
- Via campesina;
- Comité para a abolição da dívida do 3º mundo.
· A tese de Bzezinsky (diplomacia das redes), que adverte para um novo “ governo mundial” das relações internacionais, que orienta todos o esforços para uma difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos.
· A sociedade de conhecimento da época contemporânea global e suas características:
- Desterritorialização;
- Não confessional;
- Não estatal;
- Transnacionalidade das culturas;
- Transnacionalidade linguística.

· Emergência dos movimentos e símbolos dos anos sessenta.
· O Movimento de Software Livre, fundado em 1985 por Richard Stallman, que defende a informação livre, a imaginação virtual, a partilha e solidariedade de conhecimento e o sistema operacional livre que tivesse a lógica do sistema unix.
· Cohen e Rai (2000) identificaram alguns movimentos sociais que adoptaram alguma forma de coordenação e acção e que dependem da internet: feministas, ecologistas, sindicalistas, religiosos e pacifistas.

2) Internet: rumos massificadores:

· A Fundação Nacional para a Ciência;
· A Internet é um mito universal da humanidade?;
· As comunidades virtuais (termo de Howard Rheingol);
· A Internet enquanto espaço de difusão de cultura de massas;
· O Electronic Privacy Information ;
· Totalitarismo electrónico: Cuba, Coreia do Norte, Síria, China, Iraque, Birmânia, Arábia Saudita e Irão.
· A internet enquanto espaço de controlo pela ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers),
· A exigência da criação de uma nova autoridade internacional, abrigada no seio da ONU;
· O cibernantropo.


3) Política, comunicação social e telemática:

· Habermas e o poder;
· Foucault e os efeitos globais de dominação;
· Max Weber e o poder associado ao controlo e à revolução do controlo;
· Para Engels o poder pertence à classe dominante, visto esta possuírem a informação e o conhecimento. O poder é o Estado-espectáculo, é o Estado-ecrã;
· A comunicação, nomeadamente de massas produz e difunde signos e símbolos (semiologia);
· A medialogia criou a cultura de massas, que procura novas identidades apátridas;
· Os cientistas e os técnicos, domínio das sociedades. Serão os assessores das máquinas, modelando a aldeia planetária e a comunicação humana;
· A comunicação escrita enquanto forma de desenvolvimento do intelecto consciente da humanidade;
· Para Shannnon e Weaver, o fenómeno comunicacional envolve todos os procedimentos pelos quais uma mente pode afectar outra e as formas (incluindo políticas) como a sociedade mantém o controlo nas relações sociais e internacionais;
· A comunicação de massas e sua eficácia em domínios como a propaganda política, publicidade instrumental e educação.
· A comunicação política (através dos órgãos de comunicação social), visando atingir as massas e públicos, realidades facilmente manipuláveis por parte dos centros de poder político e económico.
· A medialogia (os canais, meios que valorizam funções sociais e políticas) que, de acordo com Regis Debray, interage técnica e cultura, ligando os media aos seres humano;
· A telemédia;
· A fotografia
· O cinema;
· A radiodifusão;
· A televisão;
· A comunicação política, que envolve símbolos, valores e representações que organizam a cidadania nas democracias das comunidades internacionais, através da comunicação social, das sondagens de opinião, do marketing político, da publicidade, da retórica política, com destaque para os para os períodos eleitorais.
· A teoria das conexões em rede, fundada pela net, sendo uma manifestação da representação, da imaginação, que diz respeito à criação artística política, à política enquanto arte da comunicação das palavras, dos símbolos dos signos, dos sons e das imagens;
· A Internet e a informática que permitiram uma séria crítica ao sucesso do modelo democrático representativo, com a emergência alternativa de renovação do activismo político, da democracia participativa e da consulta política on-line;
· A telemática, que nas sociedades contemporâneas, fez desaparecer as diferenças ente espaços virtuais comuns, público e político e também entre nação, identidade e desterritório;
· Emergência de uma nova ágora informacional;
· O soft power;
· A NSA (National Security Agency), enquanto agência que analisa e vigia os fluxos de informação;
· A netwar;
· A Cyberwar (guerra do conhecimento) de Teilhard de Chardin;
· A Electronic Frontier Foudation e a carta dos pioneiros da WELL (Whole Earth Electronic) pelo ciberespaço;
· O manifesto “The cyberespace and the american dream: a magna carta for the knowledge age”(distribuido pelo Progress and Freedom Foudation,), reivindicando-se a desmassificação, despersonalização do consumidor, a individualização e a liberdade no ciberespaço;
· Empowerment significa uma nova forma de fazer política baseada no uso da internet, na sua comunicação, nos seus canais e nas suas redes, nos seus laços, nas suas comunidades e suas entidades;
· A hiper-realidade política;
· O “ príncipe electrónico”;
· A democracia antecipativa, representada pelo Instituto Tavistock (das relações humanas).

Parte II – Ciberespaço, agentes sociais e políticas virtuais:
· Os agentes sociais enquanto utilizadores da memória social (rede de ideias, constituída por imagens, palavras, sons e narrativas), manipulam o poder cultural, de modo a atingir o aparelho de Estado, orientado a luta política na inovação cultural;
· Emergência no ciberespaço de comunidades virtuais, que estão muito próximas dos movimentos contraculturais e modos de vida alternativos surgidos depois da década de sessenta;
· A panóptica, ou seja, uma técnica de dominação correspondente a formas de produção de conhecimento descentralizado e horizontal, tornada possível pelas novas formas possibilidades da comunicação e organização em rede da informação, da proliferação dos recursos de vigilância;
· Com Murray, o ser humano transforma-se numa unidade biopolítica que precisa de ser regulada;
· Politicas virtuais, enquanto políticas sociais que actuam virtualmente como redes de solidariedade;
1) Cibercultura e tecnocultura:

· Cultura, enquanto sistema de comunicação social, é um produto de poderes criativos e imaginativos dos seres humanos, do mundo da educação, da nutrição do espírito;
· O ciberespaço é transnacional, pela abolição do espaço e pela criação das “personas”, ou seja, pela criação de identidades construídas pelos seres humanos na utopia do não – espaço, mágico, imaginário e não-físico da manipulação mental;
· A cibercultura é uma cultura global, transnacional, desterritorrial, de difusão do espírito cosmopolita, multicultural. Nasce da fragmentação das identidades culturais, narrativas introduzidas pelos, nomeadamente movimentos feministas, sexuais, étnicos e raciais que funcionam genericamente como forças contra-hegemónicas.
· A tecnotrónica, moldou as mentes de gerações a vários níveis: psicológico, cultural, social, através da utilização generalizada da informação, criando novos processos políticos globais;
· A cybernétique designa o estudo dos meios de governação e, de acordo com Norbert Wiener, a mesma significa o estudo dos processos de controlo e de comunicação entre os seres vivos e as máquinas.
· O cyborg, propõe o rompimento com o marxismo, o feminismo radical e os movimentos sociais que fracassaram ao operar com categorias como classe, raça e género;
· O ciberpolícia (Otman, 1998), representa o policiamento informático, ao lutar contra todas as formas de criminalidade no ciberespaço;
· Do cibernantropo ao ciberpunk, que dá voz à figura do pirata informático, semelhante ao hacker;
· Eric Raymond, ícone da cultura hacker, defende o desenvolvimento do software livre e o carácter aberto do código-fonte unix;
· O Galactic Hacker Party (partido tecnoactivista político hacker), académicos e ONG, enquanto principais agentes da cibercultura política;
· John Perry Barlow e Mitch Kapor fundam a Electronic Frontier Foudation, que luta contra o controlo governamental da internet;
· O hacker e o ciberpunk dão origem a uma nova cultura simbólica anacronicamente global e local, subvertendo os modelos clássicos de e convencionais de género, classe, sexualidade, orientados para o nacionalismo;
· Com Adano e Horkheimer (2000), a tecnologia electromagnética transferiu a consciência humana global para o ciberespaço das redes percorrendo a mente universal um feixe de luz electromagnética onde a humanidade se une, se individualiza e se descobre;
· As políticas virtuais incluem: o direito de reunião, o direito de petição, a liberdade como direito político de viver e a restauração ou renovação política.

2) Mutação linguística:

· De acordo com Fernão de Oliveira, qualquer linguagem ao criar imaginariamente uma realidade gera um significante comunitário de afectos, susceptível de tradução política se houver engenho e arte.
· A língua como ligação entre esfera pública e privada;
· A semiose, ciência criada por Langer, entende que o cérebro forma um mundo virtual de interacções entre células nervosas mediadas por neurotransmissores ou energia eléctrica. Toda a interacção é mediada, não importa a sua natureza. Neste sentido, todo o cérebro humano é susceptível de manipulação e controle.
· A questão da Internet, enquanto questão cultural e política, que abarca um projecto hegemónico pelos EUA, cujo controle e manipulação tem por finalidade obter o domínio mundial por meio da indústria de satélites e de informação baseado em interesses corporativos e capitalistas.
· A linguagem de carácter política é utilizada, através dos media, pelos governos, grandes empresas e interesses sociais na manipulação electrónica das massas.
No entanto, as palavras, os sons e as imagens on-line devem dar lugar à imaginação política de cada um de nós.

3) A ágora virtual: ciberdemocracia (representaiva, participativa e directa) – pontos – chave:

· Democracia electrónica (Richard Rheingold) engloba:
-Voto electrónico;
- Participação e conversas on-line de cariz político e mundial;
-Reanimação da consciência política;
-Exercício da cidadania mundial;
- Melhoramento da qualidade da democracia representativa;
- Uso da Internet por governos com serviços e interacção com os cidadãos;
- Associação dos cidadãos com grupos de interesses on-line;
- Participação dos cidadãos em todos os estágios do processo de decisão, na avaliação das necessidades e na recolha da decisão;
- Avaliação e correcção de acções;
- Custos mais baixos;
- Comunicação deshierarquizada;
- Maior rapidez das decisões;
- Ilimitação geográfica;
- Possibilidade de anonimato;
- Divulgação dos processos democráticos;
- Maior importância à democracia participativa;
- Menor importância à democracia representativa;
- Disponibilização da informação sobre os candidatos políticos através da net;
- Reforço da democracia e da literacia;
- Participação pública através de uma sociedade utópica ideal, de como a democracia é entendida como prática universal de cidadania.
· Vantagens do voto electrónico: participação política eleitoral dos indiferentes, dos portadores de deficiência e doenças crónicas, das pessoas em viajem, afastadas dos locais de voto, expatriadas e aos migrantes.
· Exemplos de ciberactivismo político: zapatistas mexicanas, ambientalistas norte-americanas, La NETA (utilizada por grupos feministas), Greepeace e Amnistia Internacional.
· A democracia virtual é fundamentalmente participativa porque incide mais sobre o 3º sector;
· Na Democracia directa on-line, os interesses dos cidadãos variam muito de questão para questão.

4) Cidadania global electrónica:

· A cidadania mundial é um projecto de sedução on-line;
· De acordo com um estudo citado pela Mind Share, os cibernautas votam mais, estão melhor informados, sentem mais confiança na democracia do que os cidadãos que não recorrem à internet;
· Nascem as micronações virtuais;
· A cibercidadania vem relançar novos conceitos: reforço dos direitos humanos, do direito à paz, à ecologia, ao desvio, bem como o fortalecimento da sociedade civil e os direitos das minorias.

Parte III – A cibercultura: novas formas políticas:
Exemplos concretos de movimentos nascidos na cibercultura:
· Movimento Democrático Participativo;
· Fundação para o Software Livre
A Comissão Nacional de Protecção de Dados e Marketing Político, adverte que é ilegal, através de comunicações electrónicas o envio de SMS e e-mail senão existir uma pré-autorização dos destinatários.
Democracia electrónica – algumas experiências:
· Itália – projecto Lista Participata;
· Suécia – Demoex (democracia experimental): projecto que permitiu que um grupo de pessoas se reúna e participe de discussões utilizando a net, telefone ou correios para eleger um membro como candidato às eleições regionais.
A posse de Barack Obama, aquando do discurso “ no pico de acessos”, suportou, através da CNN, 1,3 milhões de utilizadores em simultâneo.
A Universidade de Carnegie Melton (em 2003) e a Universidade de Stanford (em 2005), realizaram conferências internacionais sobre deliberação on-line e votaram pela criação de uma sociedade internacional para a mesma.
A interactividade política na net permite:
- Possibilidade de leitura;
- Envio de mensagens;
- Utilização de correio electrónico;
- Participação em grupos de discussão;
- Participação e integração em comunidades virtuais;
- Participação na blogosfera política.
Democracia local e experiências electrónicas de participação cívica:
· Programa PEN, organizado pela cidade de Stª Mónica, na Califórnia;
· Experiência “Amesterdão Cidade Virtual”;
· O protesto de Dezembro de 1999 contra a OMS em Seattle, foi divulgado ma internet e utilizou-se a mesma como forma de expressão.
Em Portugal, foram realizadas 4 experiências de voto electrónico: nas autárquicas de 1997 e de 2004, nas eleições europeias de 2004 e nas eleições legislativas de 2005.
1) Blogosfera política:
Da blogosfera, emergem novas fontes de poder político nas estruturas mentais de expressão dos pensamentos dos cibernautas, que transmitem novas formas políticas no correcto uso da informação via Internet.
2) Espaços informacionais:

Principais pontos a destacar:
· Actualmente existem 500 websites pertencentes a organismos directa ou indirectamente ligados à administração pública em Portugal, de acordo com Mariano Gago (ministro da ciência e tecnologia), que são sujeitos a avaliação extensiva e directa (semestralmente);
· O site dos A-info (anarquistas internacionais), lutam por uma sociedade livre;
· Nos chat e fóruns em tempo real discute-se determinado assunto ou determinada política;
· O Partido Pirata da Suécia (fundado a partir de um site), criou um fórum de discussão sobre as suas propostas e outros partidos piratas organizaram-se a partir dai na Alemanha, França, Espanha, EUA e Reino Unido.
O Partido Pirata da Suécia chegou ao Parlamento Europeu para defender a partilha de ficheiros para fins não comerciais, introduzir software livre nas escolas e nos órgãos de poder para melhorar a segurança social, reforçar o direito público ao acesso à informação e proteger a integridade e privacidade dos cidadãos, defende a revisão de direitos de autor para permitir o intercâmbio livre de bens culturais e o fim das patentes.
Alguns sites a considerar:
- Site da câmara municipal interactiva da América;
- Site ezgov.com;
- Site talktogov;
- Site politics;
- Site politics.com;
_ Site speakout.com (activistas políticos);
- Site penélopes (feministas);
- Site labourstar (sindicalistas);
- Siteda Greenpeace (ecologistas).
Sites para a unificação política mundial:
· baihai.org;
· global_governance;
· milleniumforum.org;
- ourvoices.org;
- Site da carta da terra;
· Site worldrevolution.org;
No Site do diário da república portuguesa, no “ espaço cidadãos “, são expostos os procedimentos a seguir para a apresentação de uma petição.
3) Correio electrónico:
· A Echelon tem capacidade de intercepção de comunicação ao nível planetário;
· O FBI, possui um programa de vigilância electrónico via internet;
· A CNPD, lançou os “princípios gerais no marketing político no âmbito das comunicações electrónicas”.
4) Petições, campanhas e manifestos:
As petições on-line servem como forma de pressão, pois se obtiverem destaque suficiente (pelo nº de peticionários, pela relevância das temáticas e repercussão dos media) podem produzir efeitos no mundo real, para além da esfera cibernética, nomeadamente pressionando governos no sentido de produzirem mudanças legislativas.
Tratando-se de uma petição subscrita por + de 1000 cidadãos é obrigatório a audição de peticionantes.
As petições subscritas por + de 4000 cidadãos, serão agendadas para apreciação em plenário da AR, devendo ser no prazo de 30 dias, após o seu envio pela comissão ao PR.
· Campanhas eleitorais on-line – Exemplo – noite eleitoral das presidenciais norte-americanas de 2008:
* Yahoo News: 7.6 milhões de visitantes únicos, 259,244,751 total page views; * MSNBC (Microsoft National Broadcasting Company): 6.8 milhões de visitantes únicos, 232,076,565 total page views; * CNN.com: 6.3 milhões de visitantes únicos, 134,573,839 total page views; * AOL News: 2.5 milhões de visitantes únicos, 45,122,501 total page views; * FoxNews.com: 1.9 milhões de visitantes únicos, 31,856,733 total page views.
Conclusão:
· As macrocomunicações (tecnicização das comunicações) fizeram emergir formas institucionais multi e transnacionais. A instrumentalização do controlo social deu origem à sociocibernização (mecanismo de controlo remoto eficiente da manipulação do cérebro).
· A cultura de massas implica a ampliação da linguagem (que começa com a imprensa e termina com os satélites), uma uniformidade sociocultural e psicossocial e a homogeneização das estruturas mentais e do desejo de identificação social amplamente difundido pela ditadura do consumo.
Uma nova civilização emerge na humanidade trazendo novos conceitos sociais, políticos e psicológicos:
- Revolução do pc;
- Humanidade unidimensional;
- Tecnocracia;
- Sociedade computorizada;
- Mediacracia;
- Democracia antecipativa;
- Nação ligada por rede;
- República da tecnologia;
- Sociedade telemática;
- Sociedade em rede;
- Colapso da nação tradicional;
- Revolução do micro – electrónica ou micro-revolução;
- Estado – computador.
Das críticas sociais às tecnologias de informação e comunicação, emergem 3 teorias:
1ª- Teoria da indústria cultural – e sua reformulação por Habermas - de acordo com esta teoria a internet utilizada como meio de vigilância , controle e desinformação, para além de transmissor de informação;
2ª - Teoria panóptica do poder – Michel Foucault – As TIC permitem aos governos e aos interesses privados (empresas) possuírem informação sobre cada um de nós, através da invasão electrónica da vida privada;
3ª - Teoria hiper – realista – Guy Debord ou Jean Braudilhard – defende que as TIC já transformaram aquilo que passa a ser a realidade numa simulação electrónica.
· As experiências de Hopfield e Tank, no campo da neurofisiologia, estabeleceram um conjunto de sinapses permanentes, de modo que os neurónios comunicassem o estímulo a cada um dos neurónios a “excitar” gerando-se, desse modo, um estado de equilíbrio para a palavra imposta. Uma das palavras imponha aos neurónios excitação.
· Democracia das máquinas – mito da informação – adopção generalizada que os sistemas de computadores, as comunicações e que a informação produzirão um mundo melhor.
· A revolução do controlo, resulta do processamento da informação, que depende da organização do mundo material. Todos os seres vivos devem processar matéria e energia para se oporem à entropia (tendência da organização em direcção ao colapso e ao caos). Assim, torna-se necessário o controlo desse processamento da informação.
· A burocracia, visa controlar uma actividade colectiva ou um meio generalizado de qualquer sistema social.
· Para Weber e Michelis, a incapacidade dos povos e a inoperância de formas de cidadania activas são atribuídas à burocracia.
· De acordo com os Repórteres Sem Fronteiras, a censura acontece praticamente em todos os continentes.
· Michel Foucault defende, através da teoria dos micropoderes, que o Estado é mais vigiado do que vigilante, porque os cibernautas ao tomarem contacto com as novas TIC libertam o desenvolvimento de novas formas de democracia, que se destacam claramente da democracia representativa da era industrial e de poderes descentralizados e não hierárquicos.
· A cibercultura é a cultura, por excelência, da globalização, da uniformização da economia, dos negócios e dos hábitos do consumo.

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